Um motivo a mais para se exercitar: a atividade física nos ajuda a manter nosso corpo mais jovem. E não é só na aparência: é também no nível celular. A conclusão é de pesquisadores norte-americanos e foi publicada na revista Aging Cell.

O principal experimento feito pelos cientistas envolveu camundongos de laboratório mais jovens e mais maduros. Diante de uma roda de exercícios com peso, esses animais não precisam de incentivo para correr; eles fazem tudo voluntariamente. A carga de peso colocada para os camundongos foi comparada por um dos pesquisadores a “um soldado carregando uma mochila pesada por muitos quilômetros”.

Depois de dois meses desses exercícios, feitos com peso progressivo, constatou-se que os camundongos prateados apresentavam a mesma idade epigenética dos mais jovens, ou seja, a idade dos genes, a qual, ao contrário da idade cronológica (desde o seu nascimento) ou biológica (a expressa no seu corpo), pode ser mudada por fatores externos, que incluem desde exercícios e hábitos saudáveis de alimentação até o uso de medicamentos.

O fenômeno está ligado a um processo biológico denominado metilação do DNA. Um artigo publicado no jornal The New York Times explica esse processo como a ligação de aglomerados de átomos (chamados grupos metil) ao exterior dos genes tal qual cracas minúsculas, o que torna os genes mais ou menos propensos a ligar e produzir proteínas específicas. Anomalias na metilação do DNA podem gerar, por exemplo, células cancerosas com padrões malignos. Com o passar dos anos, a tendência é haver um aumento da metilação do DNA em locais promotores de genes no músculo. O exercício físico reverteria isso, pelo menos em parte.

Há muito a estudar ainda nesse aspecto, mas as perspectivas são animadoras, consideram os pesquisadores. A GRIZZ também está na expectativa por novas e boas notícias na área.

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