A jornada de Eliana Favarelli, bailarina paulista de 59 anos, é uma espantosa sucessão de adversidades e recomeços, e um exemplo admirável de determinação férrea, aplaude a GRIZZ.

Natural de Americana, Eliana só começou no balé aos 13 anos. Mas teve de parar no ano seguinte, quando sua mãe morreu logo após dar à luz a irmã da jovem. Depois de algum tempo, ela voltou ao balé, dançando em grupos e ensinando. Foi quando abriu sua primeira escola, em Americana.

Em 1994, a escola não resistiu à crise econômica. Eliana passou um ano nos EUA e, na volta, recomeçou ensinando em um curso de inglês para crianças, onde passou a oferecer aulas de dança.

Ela se casou no ano 2000, aos 38 anos. Após cinco abortos espontâneos, deu à luz Marina e Rafaela, aos 41 anos. Rafaela nasceu com problemas de saúde graves, e graças ao desvelo da família viveu até os 6 anos. Foi quando nasceu o caçula de Eliana, Leonardo.

Quatro anos depois, ela montou em Americana um grupo com bailarinas acima dos 30 anos. O trabalho do grupo lhe rendeu convites pelo Brasil. Eliana voltou a abrir sua escola e também saiu em apresentações internacionais.

Em 2020, novo baque: a covid-19 obrigou-a a fechar a escola. Eliana foi mais uma vez à luta: criou aulas online, o projeto Mais Arte, Mais Saúde (videoaulas para profissionais da saúde), aulas para pessoas em home office, com comorbidades ou depressão. Atualmente, ela aprende a editar vídeos para acelerar a produção das videoaulas e recomeçou, com cautela, a dar aulas presenciais. Ao jornal O Estado de S.Paulo, ela garantiu estar “pronta para novos desafios”.

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