Uma alternativa financeira inovadora para os prateados brasileiros, já consolidada em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, ganha força com o anúncio recente do primeiro produto de hipoteca reversa no Brasil, da fintech LendMe e que é testada em conjunto com o Banco Central.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 60+ hoje somam 32,1 milhões ou quase 15% dos 214,3 milhões de brasileiros. Esse cenário amplia a necessidade de soluções financeiras que garantam qualidade de vida na longevidade, já que a expectativa de vida é cada vez maior.

Como funciona?

Diferente da hipoteca tradicional, a reversa permite que pessoas com mais de 60 anos recebam um valor mensal do banco, utilizando o imóvel como garantia. Além de contar com uma fonte de renda adicional, fundamental diante de aposentadorias com valor insuficiente para suportar o custo de vida na maturidade, os idosos não precisam deixar os seus lares.

O produto desenhado pela LendMe, por exemplo, prevê que o dono hipoteque até 50% do valor de sua casa e, em troca, pode optar por receber uma renda vitalícia, pegar o total hipotecado de uma só vez ou então ficar com um percentual do valor e receber o restante mensalmente.

A pessoa continua habitando o imóvel e quando o proprietário morrer o bem fica para a empresa. Os herdeiros, porém, têm a alternativa de fazer novo financiamento para ficar com o imóvel ou a empresa pode vendê-lo e repassar parte da quantia obtida à família.

Desafios

A adoção da hipoteca reversa no Brasil, porém, ainda enfrenta desafios. A falta de uma regulamentação específica e o desconhecimento sobre o produto por parte da população e das instituições financeiras são obstáculos que precisam ser superados.

Além disso, recomenda a GRIZZ, é essencial que os interessados busquem orientação especializada para compreender todas as condições e implicações desse tipo de contrato, incluindo taxas, condições de pagamento e direitos de herança.

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