Equilibrando a jornada: o papel do trabalho para uma longevidade mais sustentável
Quando o assunto é mercado de trabalho na longevidade, fatores como etarismo, reinserção social e domínio de novas habilidades podem se tornar barreiras para quem precisa de uma oportunidade. Mas se o Brasil é um país que envelhece cada vez mais, como podemos resolver essa equação?
Mais de 15% da população brasileira possui 60 anos ou mais, representando, em números absolutos, 31,23 milhões de pessoas, segundo dados do censo mais recente do IBGE, de 2022, e cujos resultados foram divulgados em 2023.. O aumento foi de 39% quando comparado aos nove anos anteriores à publicação da pesquisa, e projeções já indicam que até 2030 o país deverá ter a quinta população mais madura do mundo.
Essa mudança demográfica tem impacto direto no mercado de trabalho, à medida que mais brasileiros permanecem ativos e produtivos por mais tempo. A medicina conseguiu ampliar o tempo de vida, e agora cabe a cada um, e à sociedade como um todo, adquirir consciência de como tornar esses anos “extras” realmente realizadores, com cidadãos socialmente ativos e com saúde financeira.
Estima-se que 91% dos brasileiros com mais de 60 anos continuam contribuindo financeiramente para o sustento de suas residências. Em muitos casos, são os principais provedores. Mesmo assim, o etarismo, ou preconceito e discriminação por conta da idade, é algo presente e pouco discutido.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre 2020 e 2021, a população com mais de 40 anos de idade continuou a ser excluída do mercado de trabalho formal, como se continuássemos com a expectativa de vida da década de 1930 (45 anos de idade). Ou seja, empresas e empregadores em geral ainda engatinham na compreensão de que, pela primeira vez, nos tempos atuais, a longevidade nos permite ter o maior bolsão de profissionais treinados, saudáveis e ávidos por se manterem conectados com o mercado de trabalho.
Visando identificar o comportamento das empresas frente ao tema, em 2020 o Great Place to Work (GPTW) passou a fazer um levantamento de empresas com boas práticas de inclusão de profissionais com mais de 50 anos de idade. O levantamento revelou práticas inovadoras e apontou que estamos apenas iniciando o despertar da alteração de mindset das empresas sobre longevidade.
Estimular a diversidade geracional como um fator positivo para as sociedades; alinhar o investimento público em saúde com a expectativa de vida; investir em futuros centenários para obter retornos nos negócios e no relacionamento com as novas gerações; criar comunidades prontas para a longevidade; aproveitar os avanços tecnológicos para transformar o futuro dos 60+; definir políticas públicas para valorizar o talento e a experiência dos prateados. Esses fatores, acredita a GRIZZ, perpassam a valorização do trabalho, de modo mais justo e saudável, para que o papel dos prateados na sociedade se fortaleça e continue a beneficiar a sociedade como um todo.
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