Antes dos 65 anos, Silvinho Paúba, hoje com 76 anos, não queria saber de surfe, esporte que os filhos praticavam (Paúba é uma praia de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo). Muito menos de tatuagem e academia. Mas a vida o fez mudar de ideia em tudo isso, e de forma surpreendente.

Segundo seu filho Felipe, aos 65 anos o pai estava “todo travado” e tomava injeções para amenizar as dores que sentia. Mas, nessa idade, ele resolveu experimentar uma prancha de stand up paddle (que usa remo). Começou a remar sozinho, foi de Paúba à vizinha praia de Maresias; deu-se tão bem que arriscou descer uma onda – e tudo se transformou.

Silvinho pegou tamanho gosto pelo esporte que passou a se inscrever em torneios, competindo com gente de todas as idades (ganhou cinco campeonatos). Sua lista de países visitados passou de três para 17, com viagens inclusive à Indonésia e às Maldivas. Hoje ele tem três tatuagens, faz academia e fez do mar sua segunda casa.

Em um programa Globo Esporte exibido em dezembro, Silvinho disse ter vendido tudo e que, para ele, “pegar onda é o maior dinheiro investido”. O ânimo e o alto astral demonstrados pelo “vovô do surfe”, como o pessoal da região apelidou, contagiam inclusive um vizinho e amigo de Maresias, o tricampeão mundial Gabriel Medina.

Silvinho é uma inspiração, disse Medina no programa: “Pô, eu quero ser assim, sabe? Dar risada, pegar altas ondas, até onde eu aguentar”. Que essa ótima vibração possa influenciar muitas outras pessoas, espera a GRIZZ.

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