O processo de revisão da vida toda no INSS deverá ser finalizado a partir de agosto no STF (no momento, há empate em 5 x 5 e o ministro Alexandre de Moraes dará o voto final). Ele pode representar uma mudança considerável no valor de sua aposentadoria, pois inclui no cálculo as contribuições ao instituto feitas antes de o Plano Real entrar em vigor, em julho de 1994. É possível que, nesse período ignorado, a pessoa tenha contribuído mais para o INSS; nesse caso, o valor do benefício aumentaria. A mudança resultaria também na restituição da diferença dos valores recebidos nos últimos cinco anos.

Mas a GRIZZ lembra que há detalhes importantes a considerar. Primeiramente, esse não é um procedimento do INSS: é preciso entrar com ação na Justiça (e perdê-la resulta em custas judiciais). Também é necessário fazer cálculos prévios, pois a pessoa pode sair perdendo ao pedir a revisão. Ela é vedada a quem está aposentado há mais de dez anos (exceto para quem tem pedido de revisão em andamento) e a quem se aposentou a partir de 13 de novembro de 2019.

A iminência da decisão animou golpistas a tentar roubar dados pessoais dos beneficiários, por meio de cartas, e-mails, telefonemas e mensagens de celular. O INSS alerta: nunca entra em contato direto com o segurado para solicitar dados nem pede o envio de fotos de documentos. Se perceber uma tentativa de golpe, o beneficiário deverá denunciar o caso à ouvidoria do instituto pela internet (https://falabr.cgu.gov.br/) ou pelo telefone 135.