O câncer é uma doença que castiga mais os maduros: de acordo com dados da American Cancer Society e do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 60% dos tipos de câncer são diagnosticados em pessoas com 60 anos ou mais, e por volta de 70% das mortes pela doença ocorrem nessa faixa etária. A boa notícia é que, com avanços recentes nos tratamentos, os óbitos por câncer tendem a apresentar uma considerável queda. São efeitos do progresso da chamada medicina de precisão, cujo objetivo final é implementar tratamentos específicos e eficazes para cada paciente.

Os avanços estão materializados em remédios que, diferentemente da quimioterapia, que afeta o corpo inteiro, rumam para seus alvos e atuam especificamente neles, reduzindo efeitos colaterais. A partir do mapeamento do que deve ser tratado, as novas drogas fazem o caminho mais curto até as células doentes e ali atuam, impedindo que elas se espalhem.

Os tipos de câncer que mais têm se beneficiado disso são os de mama e de pulmão. Duas drogas autorizadas recentemente no Brasil, aliás, estão relacionadas a eles: o amivantamabe (Janssen), usado contra um tipo raro de câncer de pulmão, e o trastuzumabe deruxtecan (Daiichi Sankyo/AstraZeneca), que ataca um tipo particular de câncer de mama. O segundo teve um desempenho tão notável em testes de primeira fase nos Estados Unidos que a FDA, a agência do país que regula remédios, autorizou rapidamente sua adoção.

As pesquisas prosseguem, e GRIZZ espera muitas outras boas novidades nessa área com o passar do tempo.