Julian Bird, o psiquiatra prateado que um câncer levou a se tornar ator
Aos 60 anos, o psiquiatra britânico Julian Bird recebeu o diagnóstico de câncer de bexiga. Teve de se submeter a várias cirurgias – todas bem desagradáveis, segundo ele – e chegou a ouvir que não teria muito tempo de vida. Nesses momentos difíceis, sonhou em se tornar um ator profissional.
Bird foi superando seus problemas de saúde e, meses depois, já estava pronto para retomar sua vida. Mas não fez isso simplesmente voltando ao trabalho anterior. Ele reavaliou o que vinha fazendo e decidiu tentar realizar seu sonho. Aos 63 anos, matriculou-se na Royal Central School of Speech and Drama. Hoje, 17 anos depois, ele é o astro da peça Freud’s Last Session, em um teatro no norte de Londres.
O psiquiatra que virou ator não era um total estranho no mundo das artes cênicas. Seu pai e sua mãe fizeram carreira no teatro – ele, como desenhista de cenários, e ela, como uma atriz de renome entre as décadas de 1940 e 1960. O filho gostava desse ambiente, mas uma doença misteriosa na infância foi decisiva para ele escolher a medicina. Bird até dirigiu uma peça em Cambridge (sua mãe gostou do trabalho), mas dedicou-se à psiquiatria.
O câncer foi um chamamento a outra tendência profissional, e Bird entendeu o recado. Na escola, percebeu a conexão entre a psiquiatria e o atuar – e sentiu-se em casa. O trabalho na TV e no teatro já dura 15 anos, com satisfação plena. “Não consigo entender a noção de aposentadoria”, disse ele ao jornal The Guardian. “Sou um ator. Isso é o que faço.” Louvável coragem de mudar, salienta a GRIZZ.
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