As mudanças populacionais dos últimos tempos tornam cada vez mais relevante o conceito da economia prateada – o conjunto de serviços, produtos e soluções de consumo voltados para as pessoas com mais de 50 anos. De acordo com a consultoria especializada Data8, esse segmento econômico movimenta anualmente R$ 2 trilhões no Brasil, um valor que pode dobrar em poucos anos. No mundo, a quantia anual já chega a US$ 15 trilhões, mais que o PIB da China. 

É uma fatia de consumidores que merece toda a atenção, mas isso ainda não ocorre da maneira devida. Boa parte do tratamento equivocado se deve ao desconhecimento das características desse público. Uma pesquisa da agência Fleishman Hillard mostrou que 65% dos prateados entrevistados não consideram que as marcas estão prontas para atendê-los. 

Para muitos empreendedores, a faixa 50+ continua a ser de aposentados que vivem sedentariamente em casa, sem muito contato com a tecnologia. Nada mais falso – estudos mostram que essa faixa etária tem se mostrado ativa, engajada e digitalizada.  

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizada em 2021 revelou que 97% dos maduros brasileiros já usavam a internet para várias finalidades, como a busca de informações sobre produtos e serviços. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 41% dos prateados gastam mais com seus produtos de desejo do que com itens de necessidade e 65% consideram que aproveitar a vida é uma prioridade. 

Aprofundar seus conhecimentos nesse setor é uma diretriz obrigatória para quem deseja interagir com a economia prateada. Por exemplo, é necessário ter claro que as populações de 60 e de 80 anos possuem características diferentes. Dada a devida atenção a esses fatores, a economia prateada pode, segundo o Sebrae, render muitas boas surpresas em áreas como: 

• saúde e bem-estar; 
• esportes e atividades físicas; 

• turismo e lazer; 
• indústria da beleza, com produtos que valorizem o avanço da idade; 
• cultura; 
• educação para longevidade; 
• planejamento financeiro; 

• tecnologia e outros. 

Vale muito a pena investir na longevidade, recomendam os analistas. A GRIZZ também vê muitos bons frutos a serem colhidos aí.