Já se sabe que atividades que movimentam o cérebro dos prateados ajudam a baixar o risco de demência, mas ainda existem muitas dúvidas sobre se algumas seriam mais indicadas do que outras. Um amplo estudo divulgado recentemente pela Universidade Monash, da Austrália, traz uma nova contribuição para o debate, ao apontar que usar computadores, fazer palavras cruzadas e jogar xadrez, por exemplo, são mais benéficos nesse sentido do que tricotar, pintar ou participar de atividades de socialização.

A pesquisa, publicada na revista JAMA Network Open, analisou dados de 10.318 australianos com 70 anos ou mais e é considerada uma das mais importantes sobre o tema até hoje. Ao avaliarem esses dados, os investigadores descobriram que os participantes que se envolviam rotineiramente em tarefas de alfabetização de adultos e acuidade mental, como cursos educacionais, manter diários e fazer palavras cruzadas, tinham de 9% a 11% menos probabilidade de desenvolver demência do que seus colegas.

Hobbies criativos, como artesanato, tricô e pintura, e atividades mais passivas, como leitura, também reduziracérebrom o risco, mas em índice mais baixo: 7%. Por outro lado, o tamanho da rede social de alguém e a frequência de saídas para lugares como cinemas ou restaurantes não foram associados à diminuição do risco de demência.

Os resultados permaneceram estatisticamente significativos mesmo quando foram consideradas variáveis como escolaridade mais precoce e nível socioeconômico. Não foram encontradas variações significativas entre homens e mulheres.

Segundo Joanne Ryan, professora associada da Escola de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade Monash e coautora do estudo, a manipulação ativa do conhecimento previamente armazenado pode desempenhar um papel maior na redução do risco de demência do que atividades recreativas mais passivas. “Manter a mente ativa e desafiada pode ser particularmente importante”, reforçou ela – uma ideia com que a GRIZZ certamente compartilha.

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