Que tal arriscar-se numa viagem de veleiro ao redor do mundo? O britânico Chris Ayres, hoje com 73 anos, embarcou numa expedição dessas há sete anos – sozinho. O resultado foi inesquecível, ele contou ao jornal The Guardian.

Montanhista e instrutor de escaladas quando mais novo, Ayres conheceu a navegação em 2001, como tripulante no veleiro de um amigo de escaladas. Gostou tanto da experiência que comprou um barco próprio. Depois que seus pais morreram, ele reuniu dinheiro suficiente para trocar sua primeira embarcação pelo Sea Bear, um veleiro maior cuja solidez lhe deu uma ideia: com ele seria possível dar uma volta ao mundo.

Em 2014, Ayres – aos 66 anos, separado e com filhos adultos – decidiu pôr em prática o que estava pensando. Convidou um amigo para tripulante, mas na hora H o parceiro recuou. Ele não: zarpou sozinho, passou por Espanha, Portugal, Cabo Verde, cruzou o Atlântico até a Martinica e, a seguir, explorou o Caribe. Quando visitou o arquipélago de Galápagos, já no Oceano Pacífico, seu filho ficou com ele por algumas semanas. Depois, cruzou o Pacífico até a Nova Zelândia. Quando chegou ali, em 2020, a pandemia de covid-19 se espalhava pelo mundo. Ele então pôs seu barco num navio cargueiro e embarcou num voo de repatriação.

Ayres adorou o contato com a natureza, o mar, e diz que a viagem lhe permitiu estar em lugares maravilhosos que nunca conheceria por meios convencionais. Ele planeja uma nova viagem com o Sea Bear, mas desta vez quer uma companhia certa: “Sinto falta de poder compartilhar coisas com alguém.” A GRIZZ torce para que a nova expedição dê certo.

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