Diversos assuntos em torno da longevidade continuam sendo tabus e a GRIZZ procura contribuir de forma enfática para que essas barreiras sejam superadas.

Um deles é a menopausa, tema sobre o qual as mulheres em geral evitam falar por achar que as pessoas o associarão a pessoas idosas, reforçando o preconceito contra a idade. Outro é a incontinência urinária, um dos mais de 40 sintomas que as acompanham nessa fase e que, com a expectativa de vida girando hoje em torno dos 80 anos para o universo feminino, as afetarão por praticamente um terço de sua existência.

Uma pesquisa inédita do Instituto Data8, referência no mercado de consumidores maduros, mostra que a aversão sobre os dois temas e a relação entre ambos segue forte entre as mulheres. Os principais insights do estudo foram apresentados em um evento em São Paulo, no Dia Mundial da Incontinência Urinária, celebrado em 14 de março.

O trabalho “Menopausa e Incontinência Urinária”, encomendado ao Data8 pela TENA, líder mundial de produtos para incontinência urinária adulta, e com apoio consultivo do Na Pausa, organização latino-americana que promove o diálogo aberto sobre a menopausa, ouviu seis grupos de mulheres localizadas em diversos estados do Brasil. Os recortes nos perfis das entrevistadas foram baseados em uma base de dados da No Pausa constituída por 100 mil mulheres na América Latina.

“O tema da incontinência urinária simplesmente não está presente nas conversas, é um assunto velado”, explica Cléa Klouri, sócia fundadora do Data8. “Também não é associada aos sintomas da menopausa. Percebemos que existe uma grande desinformação sobre a questão. Aliás, de maneira geral, as entrevistadas conhecem muito pouco sobre os inúmeros sintomas da menopausa”, completa.

“Nós já imaginávamos que havia pouco conhecimento sobre incontinência urinária como um dos sintomas da menopausa. Mas as entrevistas mostraram que existem também barreiras sérias em relação ao tema. Assim como já sabíamos, a partir do 1º Estudo Menopausa e Suas Etapas, realizado em 2022 pela Essity, marca-mãe de TENA, que 48% das brasileiras pensam que a menopausa é um assunto delicado. Dessas, 69% associam esse tabu à percepção de que as pessoas relacionam menopausa à velhice”, diz Carla Girolamo (foto), gerente de marketing da TENA no Brasil.

Esse novo estudo se mostra como uma grande contribuição para o apoio às pessoas que têm incontinência urinária, um ponto muito relevante para as mulheres que estão na menopausa, fase da vida em que mais de 40% das mulheres, de acordo com o estudo global Study Kitchen 8, de 2021, sofrem com o problema.

“Nossas entrevistadas só se soltaram para falar sobre sua experiência com a incontinência após termos dito que mais de um terço das mulheres com mais de 45 anos vivem essa condição”, conta Cléa. “As próprias conversas foram úteis para que elas começassem a tirar dúvidas sobre o tema. Ficou claro que quebrar o tabu da incontinência urinária poderá ajudar as mulheres em geral a terem maior qualidade de vida, procurando meios de prevenir e cuidar da situação.”

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Menopausa e incontinência urinária: tabu e preconceito contra a idade