Versão contemporânea da história de Cinderela que catapultou a carreira de Julia Roberts, a comédia romântica Uma Linda Mulher ganhou formato de musical em 2019 na Broadway, com canções compostas por Bryan Adams e Jim Vallance. O espetáculo já visitou diversas cidades do mundo e chegou em setembro ao Brasil, para uma temporada inicial que se estende até 17 de dezembro em São Paulo, no Teatro Santander, e promete encantar as plateias.

A trama marca as lembranças de muitos prateados: no fim dos anos 1980, época dos yuppies, um empresário durão, Edward Lewis (Richard Gere no cinema, Jarbas Homem de Mello no musical brasileiro), vai a Los Angeles para fechar a aquisição de uma empresa e conhece em Hollywood uma garota de programa, Vivian Ward (Roberts na tela, Thais Piza no musical). Ele contrata a moça para acompanhá-lo em eventos por uma semana, tempo que a negociação deve durar. Mas a relação ultrapassa o acordo inicial e vira amor, transformando também o que está em volta.

Desde os anos 2000 trabalhando na transposição de musicais da Broadway para o Brasil, o diretor norte-americano Fred Hanson – que já comandou por aqui Sunset Boulevard, Cantando na Chuva e Miss Saigon – preocupou-se antes em verificar se a peça havia ficado datada ou objetificava a mulher.

Na versão atual de “Uma Linda Mulher”, os personagens centrais ganham novas tintas: Thais Piza aprofunda as características de Vivian como uma mulher que batalha sozinha e não tem sonhos grandiosos, enquanto Jarbas Homem de Mello dá pistas dos motivos pelos quais o poderoso empresário se afasta de relações românticas.

Com elenco de 26 atores (entre eles Andrezza Massei, César Mello, Gui Leal e Sérgio Rufino) e nove músicos e uma luxuosa produção, Uma Linda Mulher – O Musical é uma das atrações artísticas obrigatórias da capital paulista neste segundo semestre, recomenda a GRIZZ.

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