Livrar-se de doenças rejuvenescendo as células dos órgãos afetados por elas está aos poucos deixando de ser um sonho e virando um objetivo alcançável. A mais recente novidade sobre isso veio do Reino Unido: pesquisadores do Instituto Babraham, ligado à Universidade de Cambridge, desenvolveram um método que consegue fazer o relógio biológico das células da pele retroceder 30 anos. Essas células-tronco criadas a partir de células maduras podem ser usadas para tratar doenças da pele no futuro, e ampliam bastante as perspectivas para a medicina regenerativa.

A técnica usada, abordada na revista eLife, está baseada nos fatores Yamanaka – o método criado pelo cientista japonês Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, para reverter o desenvolvimento (e consequentemente a deterioração) de células que lhe rendeu o Prêmio Nobel em 2012. O sistema elaborado pelos britânicos faz esse processo ocorrer em tempo bem menor e leva as células rejuvenescidas a um estágio em que elas já são capazes de exercer as funções para as quais estão programadas.

Nos testes, os pesquisadores constataram que o rejuvenescimento obtido foi de 30 anos em relação aos dados de referência. Melhorou a produção de colágeno, por exemplo, e as células renovadas foram mais rápidas em se dirigir para locais com problemas. Os cientistas anteveem que a nova técnica pode ter desdobramentos inclusive no tratamento de moléstias como a doença de Alzheimer e a catarata. A GRIZZ torce para que muitas boas novidades surjam daí.

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Cientistas fazem células da pele rejuvenescer 30 anos