Aquele sacrificado tratamento de restrição calórica usado no combate à síndrome metabólica (condições como hipertensão, nível elevado de açúcar no sangue, acúmulo de gordura em torno da cintura e colesterol alto, que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes) está sendo revisto. Um estudo brasileiro e dinamarquês publicado na revista Nutrients mostrou que é possível obter resultados bem parecidos simplesmente reduzindo-se a proporção de proteínas na dieta.

Em um dos grupos testados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), os voluntários receberam uma dieta individualizada com 25% menos calorias que o considerado ideal. No outro grupo, o valor de calorias indicado para cada indivíduo foi respeitado (nunca ultrapassado), mas a proporção de proteínas da dieta foi reduzida para cerca de 10% (sendo 60% carboidrato e 30% gordura).

No balanço final, tanto nos voluntários que restringiram calorias quanto nos que reduziram apenas o teor proteico da dieta, foram observados perda de peso, controle da pressão arterial e melhora do perfil em relação a açúcar e gordura.

O estudo mostrou que, em humanos, a manipulação de macronutrientes de uma dieta – proteína, gordura ou carboidrato – permite obter os efeitos benéficos de uma restrição alimentar. É sem dúvida uma boa notícia para quem luta com essas dietas restritivas, comemora a GRIZZ.

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