O envelhecimento, por sua vez, inevitavelmente acarreta uma série de mudanças, tanto físicas quanto emocionais. Para a população surda, em particular, esse estágio da vida pode representar uma jornada ainda mais desafiadora, especialmente no que diz respeito à comunicação e à interação social. A longevidade, em si, já constitui um desafio considerável para qualquer indivíduo. No entanto, para os surdos que não foram expostos à Língua Brasileira de Sinais (Libras) durante sua juventude, essa etapa pode se tornar ainda mais intrincada. A falta de comunicação e integração social pode levar ao isolamento, à frustração e, em alguns casos, até mesmo a problemas de saúde mental.

Autonomia e qualidade de vida

Dominar a linguagem de sinais garante autonomia e independência aos maduros surdos, permitindo que se comuniquem sem a necessidade de intérpretes em diversas atividades do dia a dia.

Além disso, facilita a interação com outros surdos, combatendo o isolamento social e promovendo a construção de novas amizades e relacionamentos.

O acesso à informação e aos serviços públicos também se torna mais fácil com o domínio da Libras, garantindo seus direitos e promovendo sua cidadania. Vale lembrar que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), 5% da população brasileira apresenta deficiência auditiva em vários níveis, ou seja, mais de 10 milhões de brasileiros sofrem com ela, dos quais 2,7 milhões têm surdez profunda.

Na idade madura, esse tipo de lesão tende a ser bastante expressivo. Números da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que cerca de 70% dos 65+ deverão apresentar perda auditiva, em várias graduações, nas fases seguintes da longevidade. Uma clara evidência de que o aprendizado da Libras é fundamental para a saúde dos maduros.

Desafios e perspectivas para o futuro

Apesar dos avanços conquistados, a falta de materiais pedagógicos específicos, a escassez de professores qualificados e a dificuldade de acesso aos espaços de aprendizado são alguns dos principais desafios para garantir o acesso universal dos prateados surdos ao aprendizado da Libras.

É fundamental que os governos e as instituições privadas invistam na promoção do aprendizado da Libras para maduros surdos, por meio da criação de políticas públicas, da capacitação de profissionais e da ampliação da oferta de cursos e oficinas.

A GRIZZ acredita que, através da inclusão linguística, é possível construir uma sociedade mais justa e acessível para todos, garantindo que os prateados surdos possam viver com autonomia, dignidade e qualidade de vida.

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