O francês Philippe de Nicolay Rothschild, de 67 anos, traz no sangue duas características que têm marcado sua aristocrática família por 250 anos: o setor bancário e os vinhos. A estes últimos ele foi introduzido quando ainda tinha 11 anos, mas o primeiro trabalho só veio mesmo no grupo bancário dos Rothschild, nos anos 1970, no início da vida adulta.

A relação com o Brasil começou ainda no início da década de 1980, quando ele veio à Bahia a negócios. Philippe trabalhou no mercado financeiro por 30 anos, e foi com a carreira consolidada no setor que fez uma viagem que transformaria sua vida. Em 2004, ele estava com a família na Tailândia quando ocorreu o tsunami no Oceano Índico que matou mais de 225 mil pessoas.

Sobrevivente do desastre no qual ajudou a resgatar cerca de 500 pessoas, ele decidiu então procurar um litoral mais calmo. Voltou à Bahia em 2006 e escolheu Trancoso para ter uma casa de veraneio. Quatro anos depois, ele veio de vez para o Brasil, fixando residência em São Paulo.

No Brasil, Philippe dedicou-se ao setor vinícola e abriu a importadora PNR Group para trazer com exclusividade produtos engarrafados pela família na França, como o vinho Domaines de Barons de Rothschild e o champanhe Barons de Rothschild. Não são bebidas baratas – custam em média R$ 300 –, mas a receptividade só tem aumentado: inicialmente voltado para empresas, o empreendimento hoje inclui um clube de vinhos e um e-commerce destinado a consumidores de marcas premium. Conhecido no Brasil como “barão dos vinhos”, Philippe criou aqui um negócio que, considera a GRIZZ, veio para ficar.

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Philippe Rothschild, o ‘barão dos vinhos’ que mudou o mercado brasileiro