O empresário Martin Ruette, 56 anos, extraiu de uma adversidade um novo negócio. Ruette, membro da família da fabricante de água Genuína Lindoya – que seu pai adquiriu em 1984 –, sofreu muito com uma crise de diverticulite há mais de 15 anos, segundo contou ao jornal O Estado de S.Paulo. Ele teve de ser operado com urgência e passou um bom tempo internado em um hospital, em coma induzido.

Depois de ter alta, Ruette resolveu seguir fielmente as instruções médicas – entre elas, consumir fibras e ter alimentação mais regrada. No que se refere às fibras, ele não apenas aumentou o consumo via alimentação, mas também passou a ingerir prebióticos granulados vendidos em farmácias. (Prebióticos são componentes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente quem os ingere pelo estímulo seletivo da proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon.)

Veio então a ideia: por que não fazer uma água com prebiótico? As pesquisas foram feitas no laboratório da Genuína Lindoya, com um grande desafio a resolver: quando misturado com água, o produto se converte em açúcar e perde sua funcionalidade. Os pesquisadores conseguiram enfim uma molécula que fica estável e, em 2020, a bebida foi lançada com a marca Pura Fibra.

Atualmente, a empresa oferece águas saborizadas e chás dotados dessas características funcionais, vendidos em redes como Pão de Açúcar. Cada garrafa do produto, de 400 ml, possui 6 gramas de fibras diluídas – o equivalente a 22 ameixas. Para aqueles que têm dificuldade em consumir fibras, é uma opção bem interessante, recomenda a GRIZZ.

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Martin Ruette, da diverticulite à criação de águas funcionais