A britânica Louisa Young, 62 anos, é uma conhecida escritora e memorialista. Mas a inspiração e a disposição para o trabalho sofreram um baque quando, em 2012, seu noivo, o compositor e pianista Robert Lockhart, morreu prematuramente de câncer, aos 52 anos. Um presente dele, porém, permitiu a ela voltar à tona: a contratação de aulas de canto.

Louisa abriu espaço para a música, gravou um álbum e, aos 60 anos, fez seu primeiro show ao vivo. A apresentação foi com o guitarrista Alex Mackenzie – o duo, denominado Birds of Britain, lançou um disco, You Left Early, nome do livro de memórias que Louisa escreveu sobre sua vida com Lockhart.

Louisa conta que se sentiu como um eu diferente quando se dedicou à música. Segundo ela, cantar é um ato físico, mental, emocional – até espiritual, se a pessoa está aberta para isso. A falta de autoconfiança existe, mas soltar-se favorece a diversão e a criatividade, diz ela.

A escritora não era estranha à música e ao canto. Eles fizeram parte de sua infância – nas viagens, por exemplo, o carro da numerosa família (Louisa tem cinco irmãos) era invadido pelas canções, e seu pai, o escritor e político Wayland Young, a distraía enquanto tocava num piano de cauda em casa. Mas nada disso dava a impressão de que ela poderia ter uma carreira na música.

Quando Lockhart soube que estava com câncer, comprou as aulas de canto para a noiva “se animar”. Deu certo: além de desenvolver uma nova carreira, Louisa diz que a música lhe dá inspiração para as obras escritas. A GRIZZ aplaude seu exemplo de desafiar o novo e investir no autodesenvolvimento.

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Louisa Young: revolução na vida a partir de aulas de canto