Quando os pais querem pôr as crianças para dormir à noite, uma estratégia clássica é contar-lhes histórias de ninar. Será que ela funcionaria em adultos perturbados pela insônia? Pelo sucesso que aplicativos e podcasts personalizados, como Get Sleepy, Sleep With Me e Calm (este último com opções em português), têm obtido, parece que sim.

No exterior, os contadores de histórias de ninar para adultos podem ser tanto anônimos quanto celebridades como as atrizes Kate Winslet e Eva Green e o ator Matthew McConaughey. No Brasil, o ator Cauã Raymond também tem experiências no gênero, no qual um dos destaques nacionais é Juliana Tamietti, do canal Meditando.

Sejam os narradores famosos ou desconhecidos, todos adotam uma característica comum: usar um tom monocórdio, com cadência, tom e energia, para desviar pensamentos estressantes focados em problemas ou atividades do dia seguinte e abrir caminho para o sono. Conforme observa Leonardo Ierardi Goulart, neurologista especialista em medicina do sono do Hospital Albert Einstein, as histórias narradas permitem prestar atenção em algo totalmente diferente do que causa o estresse.

Outros detalhes são considerados importantes. As histórias devem ser envolventes, mas não a ponto de prender muito a atenção. Os personagens não devem ser muito complexos. Os detalhes fornecidos devem ser suficientes para que a mente não divague. A duração ideal deve estar entre 15 e 30 minutos.

A proposta não funciona com quem tem insônia crônica. Para os demais, porém, a GRIZZ sugere: por que não tentar?

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