Além daquele conhecido objetivo principal, o Viagra, também usado no tratamento de hipertensão pulmonar, pode estar somando mais um efeito benéfico importante: um estudo norte-americano o associou a uma redução substancial no risco de desenvolver a doença de Alzheimer. A descoberta, publicada na Nature Aging, sugere que o sildenafil (nome genérico do remédio) pode ser uma opção terapêutica para essa moléstia.

Usando programas de computador sofisticados, Feixiong Cheng, do Instituto de Medicina Genômica da Cleveland Clinic, e seus colegas reuniram informações genéticas e outros dados biológicos para construir 13 módulos de doenças que capturam as assinaturas biológicas de Alzheimer. Esses módulos foram mapeados em uma grande rede de mais de 351 mil interações proteína-proteína.

A seguir, características dessa rede foram avaliadas em relação a mais de 1.600 medicamentos aprovados pela FDA (a agência que regula alimentos e remédios nos EUA). Uma pontuação mais alta, no caso, indicava que a droga interage fisicamente com vários alvos moleculares dentro de módulos relacionados à doença de Alzheimer. O sildenafil recebeu uma das pontuações mais altas, o que sugere que ele pode influenciar essa doença.

A equipe analisou então dados de sinistros de seguro de mais de 7 milhões de pessoas nos EUA. Descobriu que o sildenafil apareceu associado a uma redução de 69% no risco de diagnóstico de doença de Alzheimer após seis anos de acompanhamento.

Os pesquisadores avisam que ainda é preciso aprofundar os estudos. Mas a novidade é bem animadora, considera a GRIZZ.

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