A norte-americana Julia Hawkins ganhou o apelido de “Hurricane” (“Furacão”) por um feito bem incomum: em novembro de 2021, bateu o recorde mundial de 100 metros rasos para competidores com 105 anos ou mais no Louisiana Senior Games, uma competição multiesportiva para pessoas acima de 50 anos. Ela completou a prova em cerca de 1 minuto e 2 segundos – uma decepção, observou, já que havia feito tempos bem melhores nos meses anteriores. Mas as condições daquele dia não eram favoráveis, lembrou a corredora: fazia muito frio e ventava no local das provas.

Professora enquanto trabalhava (alguns de seus ex-alunos, todos na faixa dos 90 anos, a viram bater o recorde mundial), Julia sempre gostou de esportes. Praticava ciclismo e conquistou várias medalhas em competições para participantes sêniores. O interesse pelas corridas veio depois, e tem lhe rendido tanto ou mais sucesso do que a carreira com a bicicleta. Na vida familiar, ela teve um casamento de 70 anos com Murray Hawkins, que faleceu na década passada, e é bisavó.

Julia completou 106 anos em fevereiro deste ano, com um objetivo em mente: bater seu próprio recorde. A tentativa ocorreria preferencialmente neste verão no hemisfério norte. Consiga isso ou não, ela o vê como um de seus “momentos mágicos” – algo que encanta especialmente a pessoa, como um nascer do sol particularmente bonito ou uma estrela cadente. “Você não precisa ser rico para vê-los – só precisa estar atento e ficar de olho no que está por aí”, diz. Vale a pena ficar atento para os próprios momentos mágicos, recomenda a GRIZZ.

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Julia Hawkins, 106 anos: a bisavó recordista mundial dos 100 metros rasos