Diretor de filmes como Edward Mãos de Tesoura, BeetleJuice – Os Fantasmas Se Divertem e O Estranho Mundo de Jack, o diretor norte-americano Tim Burton, de 63 anos, não limita sua capacidade artística aos cinemas: desenhista e animador, fã de filmes de terror e do expressionismo alemão, ele é dono de uma estética toda própria, denominada burtonesque.

Burton cultiva uma relação especial com São Paulo, cidade que abrigou em 2016 uma exposição sobre sua obra no Museu da Imagem e do Som (MIS) que atraiu mais de 210 mil visitantes. Em dezembro de 2021, ele fez sua estreia mundial na arte de rua na capital paulista, usando a parede de um edifício no centro da cidade como tela para o desenho de uma luta entre um robô e um monstro, grafitado pela brasileira Luna Buschinelli.

Foi uma espécie de aperitivo para a mostra A Beleza Sombria dos Monstros, inaugurada em maio na Oca do Parque Ibirapuera e aberta até 14 de agosto. Em 2.600 metros quadrados e 14 salas, a exposição adapta de modo imersivo o livro A Arte de Tim Burton, recorrendo a formatos como cinema 3D, teatro de sombras e realidade virtual para apresentar uma panorâmica do peculiar universo visual do autor.

Burton nasceu na Califórnia, perto dos Estúdios Disney, e mesmo com um traço bem diferente dos desenhistas de Mickey Mouse e de Branca de Neve, por exemplo, estagiou lá e estudou no prestigioso instituto de arte da Califórnia. Levou muitos “nãos”, mas conseguiu trabalhar e ter sucesso fazendo o que queria. “O importante é seguir sua paixão”, recomenda – uma dica sempre válida, endossa a GRIZZ.

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Exposição em São Paulo mostra a estética única de Tim Burton