Imortalizada na memória cultural e audiovisual do Brasil ao fazer o papel-título do filme Xica da Silva (1976), de Cacá Diegues, a atriz e cantora Zezé Motta, de 77 anos, há muitas décadas milita pela causa negra. No mais recente Dia da Mulher Negra, em 25 de julho, lá estava ela marcando a data com uma apresentação online do musical Zezé Motta – Mulher Negra no Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro, ao lado da escritora Conceição Evaristo, da filósofa Djamila Ribeiro, da cantora Iza e da influenciadora e ex-BBB Camilla de Lucas – todas trazendo uma mensagem de apoio ao feminismo negro.

Citada certa vez por Grande Otello em um documentário como “expressão do povo brasileiro”, Zezé – com mais de 35 novelas, 40 filmes e 14 discos no currículo – ri da definição; severa em sua autocrítica, ela disse recentemente ao jornal El País que nunca fez muito nesse sentido. Mas sempre foi uma figura marcante pela aparência impecável, mantida com muitos cuidados com o corpo.

Ela utiliza cremes e perfumes constantemente, e só um joelho machucado a tem impedido nos últimos meses de praticar pilates e as corridas diárias de quatro quilômetros. A mente também é exercitada cotidianamente no apoio aos movimentos negros e na militância por uma sociedade mais justa.

Nada a ver, portanto, com acomodação e reclusão em casa, o perfil dos maduros à antiga. “Se as pessoas te chamarem de velha e você aceitar isso, você fica velha mesmo. Por enquanto, estou lutando contra os limites”, disse ela. Uma luta valorosa, aplaude a GRIZZ.

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ZEZÉ MOTTA E A SUA VITORIOSA LUTA CONTRA OS LIMITES DA IDADE