Já se sabe que existem diferenças entre a idade cronológica (o tempo real de vida) e a biológica (a transmitida pela aparência) das pessoas, que variam de acordo com fatores como saúde, alimentação e estilo de vida. Conhecer a dimensão precisa dessa diferença, porém, não é algo tão simples e exige pesquisa genética. Mas já é possível ter uma boa noção disso com a ajuda de alguns dispositivos. 

Um deles é o PhotoAgeClock, programa criado pela Haut.AI, empresa estoniana de aprendizado de máquina e inteligência artificial dedicada a cuidados com a pele, em colaboração com a norte-americana Insilico Medicine, especializada no uso de inteligência artificial para descoberta de remédios, desenvolvimento de biomarcadores e pesquisa sobre o avanço da idade.

Tema de um artigo na revista Aging, o PhotoAgeClock parte do princípio de que o biomarcador mais preciso e não invasivo para a previsão da idade biológica é a pele ao redor dos cantos do olho. Trata-se de um relógio fotográfico que usa avanços em inteligência artificial para prever a idade com erro médio absoluto de 2,3 anos para mais ou para menos, uma margem pequena considerando-se apenas a imagem da fotografia. 

Com base em fotografias dos cantos do olho, é possível assim obter informações úteis capazes de permitir a detecção precoce de doenças ou prevenir seu aparecimento. Isso possibilita também o desenvolvimento de intervenções médicas personalizadas e tratamentos de cuidados com a pele para o avanço da idade. O programa permite novos e bem-vindos avanços na área, avalia a GRIZZ.