Quando fez 60 anos, o britânico Maurice Newman decidiu encarar um novo desafio: patinar sobre rodas. Newman, que já sabia patinar sobre o gelo, pensava em aprender algo que não fosse muito caro e representasse um bom treino para o corpo. Deu tão certo que hoje, aos 77 anos, ele continua a patinar diariamente na região onde mora, no condado de Kent (sudeste da Inglaterra), e os trechos não são curtos – para ele, 30 quilômetros não significam nada, segundo contou ao jornal The Guardian. “É como uma droga para mim”, disse.

Newman – um soldador que ainda exerce a profissão um dia por semana – emerge de um artigo sobre ele publicado por esse diário britânico como uma pessoa apreciadora de aventura e sob o signo da mudança. Filho de um madeireiro, ele foi criado em Mianmar (ex-Birmânia) e Bornéu, de onde a família voltou para o Reino Unido em 1960. Aos 18 anos, ele ingressou na Marinha, e com 23 conheceu sua futura esposa, Ruth, em uma pista de patinação no gelo em Londres. O casamento já dura 44 anos.

Os patins sobre rodas de Newman são internacionais e o ajudam a fazer amigos: ele já patinou em Mianmar, no Vietnã, na Alemanha (participou de maratonas em Berlim) e em Dubai (onde patinou devagar dentro de shoppings para ver a reação dos seguranças – nenhuma). 

Aprendiz ao longo da vida (voltou aos estudos nos seus 40 anos para formar-se em belas-artes, por exemplo), ele não dá sinais de parar: disse à reportagem que quer fazer algo emocionante aos 80 anos, aos 90… “Só não quero viver para sempre, porque é muito cansativo”, afirmou. A GRIZZ tende a concordar com ele.