Zélia Amador de Deus, a incansável primeira vice-reitora negra do país
A educadora paraense Zélia Amador de Deus, 70 anos, é antes de tudo uma lutadora, na vida e na maturidade. Tudo o que conquistou veio a partir dessa disposição de superar as inúmeras dificuldades que a vida lhe impôs desde o início. E seu currículo não deixa dúvidas: ela é uma vitoriosa e exemplo de preparação para enfrentar a longevidade.
De origem negra, Zélia nasceu na ilha de Marajó, filha de uma adolescente, e foi criada pelos avós. Eles se mudaram para Belém para oferecer uma vida melhor à neta. Zélia é muito agradecida a eles, sobretudo à avó, que lhe dizia que ninguém era melhor do que ela, nem ela melhor do que ninguém.
Assimilando essa e outras lições, ela foi acumulando conquistas. Na área acadêmica, por exemplo, tornou-se docente em 1978 da Universidade Federal do Pará (UFPA), da qual foi depois vice-reitora e hoje é professora emérita. Ela é uma das fundadoras do Centro de Estudo e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa) e do Grupo de Estudos Afro-Amazônicos (GEAM-UFPA).
Zélia se tornou conhecida por sua militância antirracista, pelos direitos da população negra, dos quilombolas, indígenas e da população LGBT+. Em outubro, ela foi homenageada com o prêmio de Direitos Humanos da Brazil Foundation, ONG internacional que apoia iniciativas voltadas ao combate à desigualdade social no Brasil.
Muitos dos triunfos obtidos vêm do poder do coletivo – nunca se faz nada sozinho, sublinha Zélia. E, com sete décadas de vida, ela continua disposta a lutar, “para fazer com que essa sociedade fique melhor para todas as pessoas”. A GRIZZ torce para que toda essa energia siga inspirando prateados por muito tempo.
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