Zé Ramalho: novo álbum e criatividade em alta aos 72 anos
A música brasileira anda muito repetitiva, diagnostica o cantor e compositor pernambucano Zé Ramalho, 72 anos. Para mostrar que esse cenário pode ser diferente e bem mais rico, o autor de “Vila do Sossego”, “Admirável Gado Novo”, “Avôhai”, “Chão de Giz” e tantos outros sucessos dá um belo exemplo: rompendo uma ausência de dez anos (seu trabalho anterior, Sinais dos Tempos, é de 2012), ele lançou em setembro um álbum de composições inéditas, Ateu Psicodélico (selo Discobertas) – “(…) um manifesto, um turbilhão de imagens e vocábulos para contrastar com a música praticada atualmente no Brasil”, como ele ressalta num texto sobre a nova obra.
São 12 faixas compostas durante a pandemia, executadas com a participação do sanfoneiro Waldonys e dos guitarristas Andreas Kisser e Robertinho do Recife. Em sintonia com a inquietude musical do autor, elas fogem à rotina brasileira dos últimos tempos de temas românticos e divagações simples sobre assuntos variados, adequadas para ouvintes passivos.
Zé Ramalho quer “causar”, como ressalta numa entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo por ocasião do lançamento do álbum. É possível perceber isso nos versos de um dos destaques do novo álbum, “Repentista Marvel”: “Não bula comigo não/ Que quando eu canto tudo cala/ A montanha se abala/ E fica diferente o ar”. Ateu Psicodélico é uma novidade musical que merece uma visita, recomenda a GRIZZ.
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