‘Vovó do chá’: como Ume Shimada refundou seu negócio aos 87 anos
O Sítio Shimada – Chás Artesanais e Turismo, em Registro (sul de São Paulo), envolve uma extraordinária história de resiliência e perseverança madura. A protagonista é Ume Shimada, hoje com 95 anos, que herdou uma propriedade com seus irmãos nos anos 1960, quando o chá preto era o principal negócio da região.
Com o tempo, os irmãos venderam suas partes, e só Ume e o marido conservaram seu lote. Além do chá, que vendiam para fábricas, eles cultivavam uma horta e outros produtos orientais típicos, que comercializavam na cidade. O casal também introduziu a lichia na região.
Alguns anos depois, a família arrendou a propriedade e foi morar na capital. Por volta de 2007, ela retornou e recomeçou a cultivar chá. Em 2011, porém, os compradores perderam o interesse pelo produto, e a plantação passou três anos abandonada.
Ume ficou chateada, mas não desistiu. Em 2014, ela – aos 87 anos – e as novas gerações da sua família (seis irmãos, mais filhos, sobrinhos e netos) retomaram o plantio, desta vez produzindo e vendendo o próprio chá. Com a ajuda do conhecedor de chás Tomio Makioti, de estudiosos do assunto e sommeliers, a qualidade subiu notavelmente. Hoje em dia, o chá, artesanal, tem certificado orgânico e é vendido inclusive para o exterior.
O Sítio Shimada comercializa (presencialmente e online), além do chá preto, chá verde, chá branco, lichia e subprodutos como broto de bambu. Desde 2018 ele virou ponto turístico para os amantes do chá. Ume adora receber os turistas e conversar com eles. Seu negócio tem tudo para prosperar ainda mais, espera a GRIZZ.
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