Velejador vai do Alasca à Groenlândia registrar efeitos do aquecimento global
O navegador paulista Beto Pandiani, de 64 anos, deverá partir em maio para uma das mais arrojadas viagens de sua vida: ele e o colega francês Igor Bely – com quem já fez as travessias dos oceanos Atlântico e Pacífico – planejam ir de catamarã de Nome, no Alasca, até a Groenlândia pela Passagem Noroeste, numa jornada de quase 5 mil quilômetros prevista para acabar em setembro.
Rota que permitiria aos navios transitar entre a Europa e a Ásia, a Passagem Noroeste não podia ser usada nos últimos séculos por ficar congelada o ano todo. Com o aquecimento global, porém, isso começou a mudar. Hoje em dia, já é possível pensar em navegar por lá, margeando a calota polar.
O barco de Pandiani e Bely terá como propulsão o vento, a energia solar e a força humana – um assento com pedal. A ideia é fazer uma viagem com baixo impacto ambiental.
Pandiani vai usar sua expedição, denominada Projeto Rota Polar, para chamar a atenção para o problema das mudanças climáticas, e a expedição deverá render vários produtos voltados para a educação e o meio ambiente. Os planos incluem a elaboração de um documentário, artigos na imprensa e um livro abordando o impacto ambiental, social, econômico e cultural do degelo no Ártico.
A aventura certamente vai exigir toda a concentração de Pandiani e Bely, antevê a GRIZZ – o trajeto não só envolve condições complexas do gelo, como também é habitat de ursos-polares, por exemplo. Mas Pandiani vê a viagem com outros olhos: “É um tempo pra mim. Você não atende telefone, não responde WhatsApp. Tem uma visão mais clara e isenta do que está acontecendo no mundo”.
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