O conceito de que você precisa de um veículo próprio para se locomover está mesmo caindo em desuso. Aplicativos de transporte como o Uber, por exemplo, empurraram para baixo os preços de táxis mundo afora e fizeram muitos jovens desistir de ter um carro. Outra iniciativa, mais propriamente um conceito, está vindo para revolucionar de vez a área: a mobilidade básica universal (UBM, na sigla em inglês).

A UBM prega que todos – inclusive pessoas com dificuldade de locomoção – têm acesso a transporte confiável e acessível. Na prática, uma combinação de formas de transporte conectadas – de bicicletas e lambretas a transporte público, carros compartilhados e (no futuro) veículos autônomos – permitiria à pessoa ir da sua casa ao destino e voltar sem maiores problemas.

Duas cidades californianas estão implementando sistemas de UBM. Em Oakland, cerca de 500 participantes receberão um cartão de débito de US$ 300 para usar em transporte público, bicicletas, lambretas e compartilhamento de carros. A prefeitura de Bakersfield vai dar aos participantes passes de ônibus gratuitos, além de até cinco viagens por dia em e-bikes e lambretas. Pittsburgh, também nos EUA, prepara um piloto com o aplicativo MaaS, que integra várias opções de transporte, incluindo ciclomotores elétricos.

A Finlândia também tem sua contribuição: o aplicativo Whim permite aos usuários reservar transporte público, bicicletas, lambretas, passagens de balsa, aluguel de carros e muito mais em um só lugar. A GRIZZ acredita que é questão de tempo essas propostas se espalharem pelo mundo.