Trabalho voluntário: uma atividade prazerosa e que ajuda a reduzir risco de demência
Manter a demência a uma boa distância pode não ser tão difícil para os prateados quanto pareceria de início, mas envolve algum esforço – que pode ser, por sinal, bem prazeroso. Um estudo da Universidade da Califórnia em Davis (EUA) apresentado em julho na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer de 2023 sinaliza nessa direção, ao mostrar os benefícios do voluntariado na idade avançada em relação à função cognitiva, em especial na melhora da função executiva e da memória episódica.
Já se sabia que as atividades voluntárias ajudam os maduros a ser fisicamente mais ativos, aumentar as interações e propiciar estimulação cognitiva capaz de proteger o cérebro. Mas ainda faltava investigar mais a fundo a relação entre voluntariado e função cognitiva, sobretudo em populações grandes e diversas.
O estudo californiano conseguiu isso ao analisar os hábitos de voluntariado de quase 2.500 prateados, com idade média de 74 anos, ao longo de 1,2 ano. O grupo tinha 48% de participantes negros, 20% de brancos, 17% de asiáticos e 14% de latinos. Desse total, 1.167 pessoas (43%) relataram ter feito voluntariado no ano anterior.
Segundo os pesquisadores, o voluntariado estava associado a melhores pontuações iniciais em testes de função executiva e memória episódica verbal. A característica se manteve mesmo após ajustes para idade, sexo, educação, renda, efeitos da prática e modo de entrevista (telefone versus pessoalmente). Outro detalhe importante é que as pessoas que se voluntariavam várias vezes por semana apresentaram os níveis mais elevados de funções executivas. Observou-se ainda uma tendência de menor declínio cognitivo ao longo do período de acompanhamento de 1,2 ano.
Praticar voluntariado pode ser importante para uma melhor cognição na idade avançada e poderia servir como uma intervenção simples em todos os adultos de mais idade para proteger contra o risco de doença de Alzheimer e demências associadas, considera Yi Lor, doutorando em epidemiologia da Universidade da Califórnia em Davis e coautor do estudo. É uma ideia a considerar com muito carinho, sugere a GRIZZ.
Imagem de Freepik.
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