Mãe de dois filhos, a inglesa Sharon McAllister, de 66 anos, chegou a ser dona de três salões de cabeleireiro em Colchester, a 90 quilômetros de Londres. No entanto, o trabalho era muito puxado. Ela limitou o esforço a um único salão até 2008, quando uma fratura de braço prejudicou os movimentos de uma de suas mãos, e ela teve de se afastar por três meses. O retorno não foi fácil e, gradualmente, ela percebeu que não conseguiria voltar a ter o mesmo desempenho de antes. 

Sem ter o que fazer, ela se sentiu algo perdida (uma sensação aprofundada pela pandemia de coronavírus), mas sabia que não queria se tornar uma “senhora invisível”. A trajetória profissional de sua filha Faith – que se tornou uma instrutora de ioga – enfim lhe deu um estalo mental: por que não seguir o mesmo caminho?

Sharon já praticava ioga como hobby havia alguns anos, mas concluiu que desejava conhecer mais sobre o assunto. Ela decidiu então enfrentar um curso intensivo de 250 horas na Espanha a fim de obter a autorização para dar aulas. Conseguiu o objetivo e está inegavelmente feliz. Ela ainda está aprimorando seu modo de ensinar, mas o encerramento das suas aulas já dá o que falar: é quando ela põe em prática a savanasa, ou “postura do cadáver”, mostrando aos alunos o correto ajuste postural dos pés, braços, cabeça, pescoço e ombros.

Para a ex-cabeleireira, a idade não é uma barreira se a pessoa realmente colocar seu coração em algo. “Não adianta ficar esperando para morrer; você tem que seguir suas paixões, porque ainda existem oportunidades por aí”, afirma ela. Tem absoluta razão, reconhece a GRIZZ.