SAUDADE: TRÊS MÚSICAS PARA EXERCITAR A ‘MEMÓRIA DO CORAÇÃO’

Muitos sentimentos ficam especialmente evidentes nesses tempos de pandemia. Um deles, resultado direto do isolamento social, é a saudade. Palavra que tem sentido todo especial em português e que alimenta o mito de que é intraduzível em outros idiomas – como se a falta ou a distância de alguém, ou a lembrança de algum momento já vivido ou de algum local especial, fosse um privilégio de Portugal e, por extensão, do Brasil.
A saudade, conforme definido pelo Dicionário Aurélio, é o “sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas”.
Há também outras definições, mais poéticas, como a conhecida: “A saudade é a memória do coração”. De autoria do romancista, crítico e teatrólogo Coelho Neto (1864-1934), natural da Caxias maranhense e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL), a frase embute o espírito tipicamente luso-brasileiro e reforça a impossibilidade de tradução em outras línguas, como dito mais acima.
Já a música é um alento nesses momentos em que é importante manter a memória – e o coração – bem ativos. Dos milhões de abraços e beijinhos esperando o regresso da pessoa amada que está distante, em Chega de Saudade, de João Gilberto, até o “bicho saudade” de Lenine e a pungente e moderna Ai que saudade d’ocê, de Zeca Baleiro, um exercício que faz bem e emociona.
Aliás, essa última faz parte da trilha sonora da novela Império, que voltou à grade da TV Globo, e pode ser curtida também numa pegada ainda mais nordestina e alegre na voz de Elba Ramalho. Como se fosse uma festa!
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