A preferência tradicional das empresas brasileiras por funcionários mais jovens pode estar mudando, mas o ritmo lento com que isso acontece deixa muitos maduros inquietos com seu futuro profissional. No entanto, um caminho que boa parte deles ainda não examinou com atenção é o empreendedorismo, revelou o estudo “Empreendedores 50+: o Futuro do Brasil”, divulgado em setembro. 

Desenvolvido pela consultoria Empreendabilidade, o trabalho se apoiou em big data analytics, cruzando dados macroeconômicos, indicadores do mercado empresarial e do perfil de profissionais prateados com a projeção de envelhecimento da população, as taxas de sucesso de fundadores de empresas em faixas de idade variadas e o impacto positivo que a maturidade traz para os negócios.

O resultado, de acordo com Ricardo Meireles, fundador do Empreendabilidade e responsável pelo estudo, é que empreender, além de ajudar a resolver o problema da ocupação socioeconômica da população 50+, renderia vantagens adicionais. Ele observa que os profissionais maduros têm mais chance de dar certo como empreendedores, geram mais empregos e trazem maior impacto positivo em geral quando empreendem. 

A afirmação é reforçada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor), levantamento mundial sobre empreendedorismo. Segundo o trabalho, os empreendedores com 50 anos ou mais são proprietários de mais empresas estabelecidas (que superam três anos de operação) e têm maior confiança dos bancos na aquisição de crédito. Portanto, vale a pena informar-se sobre empreender e ficar com a mente aberta quanto a nichos de negócios, recomenda a GRIZZ.