Pesquisadores confirmam o poder transformador da música sobre o cérebro
Já se sabia que a música tem um poder especial sobre a mente e a memória – a GRIZZ descreveu, por exemplo, o caso do cantor Tony Bennett, que sofre da doença de Alzheimer, mas se recorda perfeitamente das letras das músicas de seu repertório. Psyche Loui, professora associada de música da Northeastern University (EUA) que também é instrumentista, notou que, quando tocava em asilos, pessoas que não conseguiam terminar uma frase ou pensamento de repente se harmonizavam e cantavam juntas uma música que ela executava.
Loui e uma equipe de musicoterapeutas, neurologistas e psiquiatras geriátricos estudaram pessoas com idades entre 54 e 89 anos que, durante oito semanas, ouviram diariamente, por uma hora, uma playlist e fizeram um diário avaliando as músicas tocadas. O repertório tinha músicas pop e rock que incluíam, por exemplo, Beatles e Bruce Springsteen, e peças clássicas, além de composições de Hubert Ho, professor associado de ensino de música na Northeastern University.
Os pesquisadores descobriram que a música preenche a lacuna entre o sistema auditivo e o córtex pré-frontal medial, a área do cérebro que governa a motivação. Essa área perde sua atividade e conectividade funcional sobretudo em maduros com demência. A música que era familiar e apreciada tendia a ativar ainda mais as áreas auditivas e de recompensa.
O que provoca isso ainda não se sabe, mas a descoberta, publicada na revista Scientific Reports, abre espaço para tratar com musicoterapia prateados que apresentam distúrbios cognitivos e neurodegenerativos. A GRIZZ ficará atenta a esses desdobramentos.
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