Estudos científicos já demonstraram que, para a saúde e a qualidade de vida, é bom praticar com regularidade alguma atividade física – ainda que seja leve, é bem melhor do que ficar parado, no sedentarismo. E se esse exercício for mais intenso? Aí, o benefício mais palpável é prolongar a longevidade, segundo um estudo internacional coordenado pelo professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Leandro Rezende e publicado no JAMA Internal Medicine.

A pesquisa se baseou em dados de mais de 400 mil pessoas, comparando a redução da mortalidade associada a diferentes combinações de exercícios de intensidades moderadas e vigorosas dentro do tempo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 150 a 300 minutos por semana. A lista de atividades leves do estudo inclui caminhadas, passeios de bicicleta ou atividades domésticas que envolvem gasto energético. Entre os exercícios mais intensos estão natação, futebol, handebol, basquete, boxe, ciclismo (pedalar com velocidade maior), corrida e dança.

Segundo Rezende, na comparação com adultos que realizaram apenas atividades moderadas, aqueles que fazem 50% ou 75% de atividade vigorosa do total da semana tiveram 17% de redução da mortalidade em geral. A redução inclui, entre diferentes causas, a mortalidade por doenças cardiovasculares e câncer.

Portanto, quem tem possibilidade de intensificar mais seus exercícios deve fazê-lo. Os benefícios são indiscutíveis.