PAT METHENY SE RENOVA AOS 67 EM NOME DO SOM SEM FRONTEIRAS
Renovar-se constantemente é um dos combustíveis para os maduros de nossos tempos, considera a GRIZZ, e um notável exemplo vindo da música é o do guitarrista de jazz norte-americano Pat Metheny, conforme observado pelo crítico João Marcos Coelho em colaboração especial para o Estadão. Prestes a completar 67 anos (em agosto), grande apreciador de música brasileira e com uma bem-sucedida carreira de mais de 50 anos, Metheny fez do seu mais novo e elogiado álbum, Road to the Sun (lançado aqui pela ECM), uma aventura inesperada para quem navega há tanto tempo no jazz, o reino do improviso: ali estão duas longas peças que ele compôs para violão em partitura.
A primeira, “Four Paths of Light”, é uma suíte em quatro partes interpretada pelo virtuose francês Jason Vieaux, na qual mesclam-se influências que vão do compositor belga César Franck à bossa nova. A segunda, a faixa-título, é uma suíte de seis partes a cargo do Los Angeles Guitar Quartet com toques de folk, country, jazz e música experimental.
Há também uma faixa-bônus: “Für Alina”, do compositor erudito estoniano Arvo Pärt. O próprio Metheny a interpreta com seu violão Pikasso, de 42 cordas e três braços, que permite uma fantástica riqueza sonora.
Metheny disse ter adorado escrever para Vieaux e o Los Angeles Guitar Quartet: “Sua tradição muito particular exige que todos os aspectos da música sejam detalhados em notação. Por meio das notas escritas no pentagrama, eles podem encontrar seu lugar na música”. E quanto a ter de pôr suas ideias musicais na partitura? Nenhum problema: “A música é singular, existe num reino sem fronteiras”, disse.
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