Neurônios de superagers dão pistas para entender melhor a doença de Alzheimer
Como os chamados superagers (superidosos) – gente com 80 anos ou mais que apresenta boa forma física e memória afiada – conseguem esse desempenho? Uma das condições para isso foi descoberta em um estudo da Northwestern University (EUA) publicado na revista The Journal of Neuroscience: os neurônios que eles possuem no córtex entorrinal – área do cérebro responsável pela memória – são significativamente maiores do que os encontrados em pessoas da mesma idade com cognição média, indivíduos com doença de Alzheimer em estágio inicial e até gente 20 a 30 anos mais jovem. Outro detalhe importante: esses neurônios não apresentavam emaranhados da proteína tau, uma marca registrada dos pacientes de Alzheimer.
O resultado sugere que um fator genético importante ajuda essas pessoas a chegaram a idades avançadas em ótimas condições, mas isso não é tudo. Os pesquisadores indicam que mais pesquisas são necessárias para entender como esses neurônios do córtex entorrinal ficam relativamente desprovidos dos emaranhados de tau.
Por enquanto, os resultados sugerem que um neurônio poupado da formação de emaranhados pode manter sua integridade estrutural (ou seja, permanecer saudável e grande), e o inverso também parece ser verdade: os emaranhados de tau podem levar ao encolhimento neuronal. Os avanços nos estudos deverão ser cruciais para a identificação precoce da doença de Alzheimer, permitindo um melhor monitoramento e tratamento de seu curso. A GRIZZ deve acompanhar esses desdobramentos.
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