Jadav Payeng, o plantador de árvores que salvou sua ilha da destruição
Não falta persistência ao indiano Jadav Payeng, de 62 anos. Em 1979, ele, então com 20 anos, viu sua terra natal – Majuli, uma ilha no rio Bramaputra (leste da Índia) habitada por cerca de 170 mil pessoas – devastada por uma enchente que erodira o solo e castigara a flora e a fauna do lugar. Trata-se de um fenômeno cíclico associado às monções e piorado por mudanças climáticas e terremotos, que mexeram com a forma e o curso do Bramaputra. Se nada fosse feito, a ilha desapareceria – nos anos 1990, os cientistas calculavam que isso ocorreria em duas décadas. Mas Payeng mudou esse prognóstico.
Instruído pelos anciãos do lugar, ele começou a plantar bambus e árvores na ilha – pelo menos uma dúzia de mudas de bambu ou choupo por dia. Foi chamado de louco pelos moradores do lugar, mas não parou. O resultado hoje, 43 anos depois, é uma floresta com área superior à do Central Park em Nova York (que ocupa 3,4 km2), a qual está preservando Majuli. Na mata vivem centenas de elefantes, tigres, rinocerontes, javalis, veados, répteis e aves.
Perto de completar 63 anos, Payeng não tem ideia de quantas árvores já plantou. Confessa que boa parte do trabalho acaba sendo feita pelos pássaros e pelo vento. Mas é incontestável a sua participação, e, descoberto por um jornalista em 2007, Payeng ficou famoso – virou tema do documentário The Forest Man (2012) e ajuda governos de diversos países em projetos de reflorestamento. E promete continuar o plantio “até seu último suspiro”. Definitivamente, um exemplo a ser seguido, considera a GRIZZ.
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