Nascida em Creta, a grega Irini Tzortzoglou, hoje com 64 anos, trabalhou por 30 anos como executiva de banco em Londres. Ela nunca esqueceu suas origens familiares, o encantamento de assistir à avó preparando refeições para dezenas de pessoas. Mas as atividades profissionais a deixaram cada vez mais longe do fogão, a ponto de, já no segundo casamento, e com o marido viajando muito a negócios, ela virar freguesa de comida pronta.

A aposentadoria, porém, mudou seus planos. Entediada, Irini decidiu encarar um desafio: não só voltaria a cozinhar (ela de vez em quando preparava jantares para convidados), mas se inscreveria no MasterChef britânico de 2019. Para combater a desconfiança que nutria sobre si própria, ela se aprofundou nas suas raízes culinárias gregas, comprou livros e treinou muito. Também viajou para aprender mais sobre culinária, reformou a própria cozinha e fez treinamento físico para resistir ao ritmo frenético da competição.

A vitória no MasterChef significou diversas transformações na vida de Irini, sobretudo em sua autoconfiança. Escreveu um livro de culinária, Under the Olive Tree, tem feito residência em restaurantes, elabora e prepara o cardápio de ocasiões especiais. Também tem dado palestras incentivando outras pessoas a começar uma nova vida na idade madura. “Vendo como me sinto viva e quanta energia eu tenho, a alternativa é impensável – imaginar que, aos 60, você pensa: ‘Oh, agora eu sento em um canto, leio livros, e um dia morro’”, afirmou ao jornal The Guardian. Que ela estimule muitos outros prateados a pensar assim, espera a GRIZZ.