Se você tem um imóvel, que tal negociá-lo com uma instituição financeira em troca de uma renda mensal vitalícia? Esse é o conceito básico da hipoteca reversa, uma modalidade de crédito para a maturidade e que está consolidada nos Estados Unidos,  onde ganhou força desde 2008. Naquele ano, a crise econômica global detonou os recursos financeiros de milhões de pessoas, especialmente com mais de 60 anos. Trata-se de uma maneira de complementar a aposentadoria ou previdência privada e, segundo especialistas, tende a ser uma opção interessante diante do aumento da expectativa de vida da população. Nesse tipo de hipoteca, quando o beneficiário falece, o credor quita a dívida com a venda do bem e o que sobrar pode ser dividido pelos herdeiros. No Brasil, o tema segue em exame no Congresso Nacional. Na Câmara Federal, o projeto de lei 3.096/2019 aguarda para entrar na pauta da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CIDOSO). No Senado, o projeto de lei 52/2018, que altera a Lei do Sistema de Financiamento Imobiliário para inclusão da hipoteca reversa, aguarda a nomeação de um relator para seguir adiante.