Eloísa Bonfá: a primeira mulher a dirigir a Faculdade de Medicina da USP
A médica paulista Eloísa Bonfá, de 64 anos, não se cansa de encarar desafios. O mais recente deles chegou em novembro: ela se tornou diretora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – a primeira mulher (e madura) a ocupar o cargo nos 110 anos da instituição.
Eloísa foi criada em Ribeirão Preto, com cinco irmãos (quatro deles mulheres). O pai, médico, serviu de inspiração profissional, mas a mãe foi fundamental no seu desenvolvimento, ao incentivar ela e suas irmãs, desde pequenas, a lutarem por seus direitos, frisando que as pequenas podiam qualquer coisa.
De início, a médica queria se concentrar em pacientes, diferentemente do pai, que atuava em pesquisa. Com o tempo, ela se abriu para o campo científico, em que poderia fazer novas perguntas e evoluir. E a carreira acadêmica deslanchou. Eloísa foi a primeira professora titular no departamento de clínica médica da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto. Estudou nos EUA, na Universidade Cornell, e doutorou-se em medicina na USP, onde atua sobretudo nas áreas de terapia biológica, lúpus eritematoso sistêmico e autoanticorpos.
Em março de 2020, veio o maior desafio, segundo ela: como diretora clínica do Hospital das Clínicas da USP em São Paulo, onde estava havia mais de dez anos, enfrentou a pandemia de covid-19, numa sequência constante de decisões complexas.
O novo cargo é um reconhecimento da competência demonstrada ao longo de toda essa jornada, que está longe de acabar. “Meu pai sempre falava: ‘aprender até se tornar um aprendiz contínuo’”, diz Eloísa. Que o aprendizado perdure por muito tempo, deseja a GRIZZ.
Participe da GRIZZ
Se interessou pela GRIZZ e nossos conteúdos? Então fique à vontade para falar com a gente!
Ei, você viu?
Fique por dentro das notícias relacionadas
Deixe um comentário
O seu endereço de e-mail não será publicado.Campos obrigatórios são marcados com *