Dona Onete, musa do carimbó, segue a todo vapor aos 83

A cantora paraense Ionete da Silveira Gama, 83 anos, pode não ser muito conhecida no Centro-Sul do Brasil, mas é uma celebridade na região Norte do país. Sob o nome artístico Dona Onete, ela se tornou o maior nome do carimbó chamegado, o principal ritmo da região. E a fama só chegou depois dos 70 anos.
Antes disso, Dona Onete, nascida na ilha de Marajó, ganhou a vida como professora de História, mas sempre gostou de música. Ela se aposentou aos 62 anos e, já morando em Belém, certa vez foi surpreendida por músicos que ensaiavam numa residência próxima e a ouviram cantar em casa. A impressão que tinham, disseram eles, é que era uma mulher nova cantando – e Onete já estava com 70 anos.
A idade não foi empecilho, e ela recebeu o convite para fazer parte do grupo. Topou, e seguiram-se os shows e os álbuns – já são três, o primeiro gravado aos 72 anos. Compositora prolífica, ela acumula mais de 300 músicas de sua autoria.
Dona Onete já participou de festivais aqui e no exterior. O Rock in Rio, por exemplo, abriu espaço para ela em uma de suas edições. Uma de suas composições figura na trilha sonora de um filme.
A conquista mais recente foi o convite para comandar em junho um show no Teatro da Paz, em Belém, um dos espaços artísticos mais importantes do Norte. Na ocasião, Dona Onete cantou para um teatro lotado com amigos como Fafá de Belém (que disse que, quando for grande, quer “ser igual a ela”) e recebeu da União Brasileira de Compositores um prêmio que reconhece artistas regionais. Dona Onete adorou a homenagem em vida – um justíssimo reconhecimento, avaliza a GRIZZ.
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