A doença de Parkinson ainda não tem cura, mas um de seus incômodos efeitos – os tremores nas mãos – pode ser amenizado com a ajuda de uma tecnologia de baixo custo desenvolvida por Davi Mogrovejo, aluno de engenharia do Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB), em Brasília. Mogrovejo desenvolveu um talher que autorregula o movimento, possibilitando que o alimento fique sobre o talher mesmo durante o balanço causado pelo tremor.

O talher conta com motores, microcontroladores e peças produzidas em impressoras 3D. O protótipo feito por Mogrovejo envolveu apenas o custo do material e pode ser feito em casa. Enquanto isso, um objeto com a mesma finalidade custa cerca de R$ 3 mil.

Um teste bem-sucedido com o novo talher foi feito na presença do orientador do projeto, o professor Francisco Javier. Segundo Javier, o artefato manteve-se paralelo ao chão, reposicionando-se ao sofrer inclinação provocada pelo tremor da mão do paciente.

Por enquanto, o talher é destinado aos pacientes ainda no estágio inicial da doença. Mogrovejo planeja aprimorar o aparelho de modo que ele sirva também para aqueles que apresentam tremores mais acentuados.

Segundo a OMS, a doença de Parkinson afeta cerca de 1% da população mundial com idade superior a 65 anos. O Brasil não tem dados precisos nessa área, mas supõe-se que haja aqui pelo menos 250 mil pessoas com o problema. Por isso mesmo, a novidade é muito bem-vinda, considera a GRIZZ.