Conheça Bernadine Swale, cuidadora de pets internacional
Em 2012, o casamento da farmacêutica Bernardine Swale, então com 57 anos, acabou, e ela se viu perdida. Foram 36 anos de matrimônio e três filhos. Ela achou que não conseguiria se manter sozinha, mas a solução que descobriu foi uma completa surpresa e dificilmente a deixaria mais satisfeita: ela virou uma cuidadora de pets internacional.
Swale nasceu em Botsuana, país que faz divisa com a África do Sul e onde seu pai atuava como médico. Quando ela contava 10 anos, sua família mudou-se para a Inglaterra. Ela conheceu lá o seu marido, quando ambos faziam universidade. Vieram o casamento, os filhos e nova mudança, desta vez para os Estados Unidos, por motivos de trabalho.
Esse casamento foi rompido em 2012; depois, ela teve outro relacionamento sério, que acabou em 2018. Foi então que ela concluiu que, para ser feliz, não precisava de um homem ao seu lado.
De início, Swale seguiu trabalhando e cuidando da casa onde morou com a família, no Colorado. Mas o desgaste natural a levou a pensar em algo diferente: como a pensão alimentícia que recebia era praticamente igual à que receberia da previdência social quando se aposentasse, ela decidiu alugar a casa por um ano, tentar sobreviver com a pensão alimentícia e começar a cuidar de animais de estimação (algo de que sempre gostou).
O primeiro cliente ficava a meia hora da sua casa. O dinheiro pelo serviço não foi muito, mas ela gostou tanto da experiência que radicalizou: vendeu a casa, comprou um loft (fácil de alugar via Airbnb quando ela não estivesse lá, explicou) e mergulhou no novo negócio.
A fama de Swale como cuidadora de pets espalhou-se mundo afora, e em muitos casos os contratantes a deixam viver em suas residências enquanto viajam. Em seu trabalho, ela já visitou lugares tão diversos como Londres, Nova York, Atenas ou Tóquio.
Em um momento, ela pode estar pedalando com um terrier na cesta de uma bicicleta na Flórida; em outro, levando um pequeno schnauzer para jantar na Nova Zelândia. A credibilidade adquirida ao longo dos anos tem feito com que alguns clientes deixem a chave da porta sob o tapete de entrada para ela entrar.
Exultante com a liberdade que conquistou, Swale não pensa em parar. “O mundo é minha casa”, disse ela ao jornal The Guardian. “Você está morando na casa deles, passeando na vizinhança deles, cuidando de seus animais de estimação, conversando com os vizinhos; você está vivendo como se morasse lá. É como tomar emprestada a vida de outra pessoa por um minuto. E aprendo algo em cada trabalho que faço.” É uma experiência interessantíssima e exemplo da capacidade dos prateados em se reinventar, avalia a GRIZ
Participe da GRIZZ
Se interessou pela GRIZZ e nossos conteúdos? Então fique à vontade para falar com a gente!
Ei, você viu?
Fique por dentro das notícias relacionadas
Deixe um comentário
O seu endereço de e-mail não será publicado.Campos obrigatórios são marcados com *