Um número cada vez maior de pessoas tem mostrado que chegar à idade madura pode significar um recomeço – e, em várias vezes, esse recomeço pode significar mais sucesso do que antes. É o caso da britânica Anne Youngson, de 73 anos. Formada em engenharia, ela trabalhou durante 30 anos como engenheira-chefe da montadora Land Rover. Nos intervalos, cultivava um hobby – escrever. E tanto escrevia que preparou um romance inteiro, ainda inédito.

Quando a Ford assumiu a Land Rover, Anne, então com 56 anos e os dois filhos já crescidos, aposentou-se. Para passar o tempo, aprendeu a montar, praticou desenho e pintura. Mas gostava mesmo era de escrever. Matriculou-se em um curso de escrita criativa; depois fez um mestrado nessa área na Oxford Brookes University, seguido por um doutorado. Com a autoconfiança enfim consolidada, ela começou a escrever o romance Meet Me at the Museum.

O livro foi lançado quando Anne tinha 70 anos, o que ela pensava ser uma desvantagem comercial para estreantes. Ledo engano: Meet Me at the Museum foi selecionado para concorrer ao prêmio Costa First Novel, e isso impulsionou sua carreira. Ela publicou no ano passado seu segundo título, Three Women and a Boat, e prepara o terceiro livro.

Perguntada pelo jornal The Guardian sobre esse recomeço tardio, ela respondeu: “Você tem um senso melhor de si mesmo à medida que envelhece. Começa a entender onde se encaixa e não fica tão ansioso sobre quem é e o que as pessoas pensam de você. É libertador.” Uma opinião que a GRIZZ endossa.