Alzheimer: surge mais uma droga que promete retardar a doença
A aprovação total ao uso do Leqembi (lecanemab) concedida em julho pela FDA, agência federal norte-americana que regula alimentos e remédios, já alvoroçou as expectativas mundiais sobre o tratamento da doença de Alzheimer, mas aparentemente essa não vai ser a única novidade no setor: outro medicamento de aplicação intravenosa, o donanemab, obteve efeitos parecidos em um grande ensaio clínico divulgado na segunda quinzena de julho, e fala-se que sua aprovação deverá sair até o fim deste ano.
Tal como o Leqembi (da japonesa Eisai e da norte-americana Biogen), o donanemab, da norte-americana Eli Lilly, age no início da doença, retardando seu desenvolvimento. Seu alvo são aglomerados anormais de uma proteína, chamada beta-amiloide, que pode se acumular no cérebro.
Essas placas são consideradas uma das marcas patológicas da doença de Alzheimer. O donanemab rapidamente se liga ao amiloide anormal e consegue eliminar do cérebro quase 90% da placa. Com isso, diminuem os danos causados ao cérebro e, por consequência, o índice de declínio cognitivo. Os testes revelaram um retardamento na progressão da doença entre 20% e 30%, o correspondente a cerca de quatro a sete meses ao longo do teste de 18 meses.
Os efeitos colaterais observados no donanemab são semelhantes aos do Leqembi. No teste da Eli Lilly, quase 25% dos pacientes tratados apresentaram algum nível de inchaço ou sangramento cerebral, em comparação com apenas 2% no grupo controle, embora problemas graves fossem raros.
É sempre bom sublinhar que tanto o donanemab quanto o Leqembi não curam a doença. Nenhum paciente melhorou recebendo esses remédios – simplesmente, seu declínio cognitivo ficou mais lento. De qualquer modo, o fato de esses medicamentos conseguirem alterar e retardar o desenvolvimento da doença, depois de décadas de testes frustrados com outros remédios, já é algo a comemorar, saúdam os especialistas (e também a GRIZZ).
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