A culinária autoterapêutica de Zeenat Fayya
A queniana filha de pais indianos Zeenat Fayyaz, 62 anos, não teve vida fácil. Radicada com a família em Londres desde os 11 anos de idade, ela se casou aos 19 anos; como era sikh e seu marido, muçulmano, sua família a deserdou. Ela se converteu ao Islã, mas nunca foi aceita pela família do marido. Vieram cinco filhos (um dos quais nasceu morto) e dificuldades financeiras que levaram à dissolução do casal.
De natureza feliz e positiva, Fayyaz virou-se para educar os filhos, trabalhando em lugares onde cuidava de crianças. Aos 51 anos, veio um golpe especialmente duro: um colapso nervoso seguido de uma depressão catatônica que durou três anos.
A cura começou com o apoio dos filhos e terapia eletroconvulsiva. Com a recuperação em andamento, um dos filhos a levou ao Loughborough Farm, projeto na região onde moram em Londres que reúne a comunidade para cultivar produtos em terras abandonadas. Ali ela começou a fazer voluntariado envolvendo produtos de cultivo, e isso funcionou como terapia.
Em 2017, Fayyaz começou a dar aulas no Loughborough Farm. Três anos depois, abriu sua empresa de interesse comunitário, financiada pela loteria britânica, e ensina culinária com foco em receitas do Punjab (Índia), uso de alimentos excedentes locais e reforço de ioga do riso e meditação mindfulness. Ela, que sempre cozinhou, adora ensinar as pessoas a partir do zero com seu peculiar arsenal – tudo isso lhe dá autoestima e confiança.
Fayyaz agora quer ir à Índia aprofundar-se na culinária local e começou a ter aulas de bicicleta e natação. “Acho que acabei de fazer 21 anos”, ela disse ao jornal The Guardian. Vida longa a Fayyaz, deseja a GRIZZ.
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