Ademir da Costa: o mestre do caratê ocidental faz sucesso fora do Brasil
O paulistano Ademir Sidnei Ferreira da Costa, 61 anos, é uma sumidade no mundo do caratê, arte marcial japonesa. Considerado o maior carateca ocidental de todos os tempos, ele foi pentacampeão brasileiro, tetracampeão sul-americano, quinto colocado no Mundial de 1987 e quarto no de 1984.
Costa é louvado por Masutatsu Oyama, o criador do estilo Kyokyushin (que ele pratica há mais de duas décadas), e tornou-se uma celebridade no Japão, onde seu nome foi inscrito em uma pedra especial – lá, somente os grandes mestres do caratê são lembrados.
Boa parte da fama mundial de Costa veio do teste das 100 lutas, que ele realizou em 1987, época em que era chamado de “Pelé do caratê”. Por mais de duas horas, ele enfrentou em sequência cem adversários, em lutas de no máximo dois minutos. Venceu 62 por nocaute e empatou 38.
Costa também criou um golpe, mawashi kubi gueri – um chute lateral com o peito do pé de cima para baixo que mira a cabeça do adversário –, sua marca registrada e que poucos lutadores conseguem reproduzir com precisão. E em 1996, após desentendimentos dentro do Kyokushin, criou um estilo próprio de arte marcial, o Seiwakai, já presente em mais de dez países.
A falta de apoio ao esporte no Brasil levou Costa a se instalar em 2018 no Kuwait, onde dá aulas e faz palestras. Não é um adeus definitivo ao país onde nasceu: segundo ele, os rendimentos com o trabalho no Oriente Médio lhe possibilitam manter sua academia aqui. O carateca também viaja pelo mundo divulgando seus ensinamentos. É mais um exemplo maduro vitorioso no esporte brasileiro, comemora a GRIZZ.
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